quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Coronavírus: ataque biológico ou acidente?


                                                                                      Epidemia de coronavírus na China

 Cenário: Disputa da primazia mundial entre EUA x China

Nos contextos político, militar  e econômico sabemos que há uma disputa de fundo, passo a passo, dos americanos para deter China que avança sobre seus mercados depois de dominar a tecnologia dos americanos e europeus e superá-la em muitos casos, como o G-5. Os chineses  vêm lentamente conquistando redutos americanos, primeiro comercial e financeiramente, depois com aproximações e conquistas no campo da política, neste caso aliada à Rússia.

Esta disputa geopolítica traz ameaças da guerra híbrida, que são ataques em múltiplas frentes que misturam confrontos militares, ameaças través de mobilizações populares - revoluções coloridas -, sabotagens econômicas, destruição da infraestrutura e de cooptação de militares empregados da justiça e governos, e também a da guerra biológica ou atômica atômica, reservadas aos inimigos mais difíceis de vencer. Esta guerra híbrida que se joga em todo o  mundo - ataques e destituição de governos e apropriação de matérias primas, de empresas e fundação de novas bases militares - parecem ter o fim específico de retardar, atrapalhar e deter a China em seu avanço pela primazia mundial.

Sabemos também que a CIA e outras Agências  não se detêm com dramas de consciência quando se trata de defender interesses do capitalismo, principalmente a indústria de armas, de petróleo e tecnologia. Isto também faz parte do complexo quadro atual. Vimos o que aconteceu recentemente no Iraque, Afeganistão, Síria, Venezuela e outros países da América Latina. No Brasil ajudaram a tirar uma presidente honesta do cargo e afastarem Lula com falsas acusações de corrupção.  Muitos países pelo mundo têm seus líderes assassinados por drones e por ataques selvagens como o que matou o líder iraniano Suleimani e outros iraquianos e também a criação de milícias de fanáticos como o Estado Islâmico, dentre várias outras, visando conseguir seus objetivos políticos e econômicos e de guerra.

Quadro atual da epidemia:

O ataque ou acidente teria começado a se manifestar na cidade de Wuhan, no centro da China e já deixou um grande número de mortos e muitas pessoas em  tratamento médico sob isolamento e sabemos tem um grande poder de contaminar humanos com muita facilidade.
 Na China, segundo informações preliminares de viajantes e de sites de notícias, as autoridades  colocaram de quarentena milhões de pessoas, após elas viajarem para outras regiões na última sexta-feira, 24, quando se comemorou o ano novo Chinês. As autoridades estão tentando recuperar o tempo perdido ao não impedir a saída de pessoas de Wuhan – cerca de 300 mil para toda a China.

Vários países já relataram suspeitas de contaminação pelo vírus em seus territórios, inclusive o Brasil, conforme reportagem abaixo (1) e hoje, 29, as autoridades apontam o registro de 9 casos suspeitos em diversos estados.

Isto é a parte social, a superfície.

Ataque Biológico:

Não seria o coronavírus um ataque biológico dos americanos, uma parte da guerra hibrida e da geopolítica contra a China?  Só tempo nos dirá mas as bolsas de valores da China apresentam grandes quedas e analistas estimam uma redução acentuada no crescimento em 2020, o que parecia impossível alcançar na China por outros meios. Se isto for verdade parece que os Estados-unidenses marcaram um ponto importante nesta guerra.

Os EUA  fazem a muito tem um esforço neste campo. É conhecido por muitos o projeto MK-Ultra que pesquisou a utilização de  drogas para mudança do comportamento humano a partir dos anos 50 e ainda funcionava em meados dos anos 70. Fizeram testes em humanos inclusive com lobotomia e em soldados, médicos e prisioneiros. Inicialmente as pesquisas envolveram drogas alucinógenas como mescalina, LSD, anfetaminas. Sabe-se que a Cia distribuiu grande quantidade de LSD aos hippies para fragilizá-los. Além disso fizeram estudos sobre o câncer e a leucemia - talvez não seja coincidência que vários presidentes progressistas, que seriam inimigos dos estados-unidenses, sofreram câncer num período de poucos anos entre eles Hugo Chavez, Lula, Dilma Roussef e Cristina Kirchner entre outras atrocidades. .

 Isto é o que sabemos!

Sabemos também que ataques biológicos, bacteriológicos e químicos foram usados no Vietnam - como agente laranja-  na guerra Síria para incriminar o país que foi atingido,  na Armênia, para incriminar os russos, com a peste suína africana que atingiu também a Chechênia e Ossétia do Sul.
Parece que ataques deste tipo já foram tentados antes com o  H1N1 na China e o HIV, nunca explicado e atinge todo o mundo até hoje.

Por outro lado se a epidemia fugir do controle, num contexto de globalização, poderíamos aqui na América Latina enfrentar isso? Parece que está hipótese significaria um verdadeiro extermínio em massa no continente diante do sucateamento dos sistemas de saúde pública e de prevenção viral na maioria dos países. No Brasil, onde temos um governo desequilibrado ideologicamente, certamente haveria negligência  grave no caso de epidemia. Deduz-se isto pelos ataques frontais que sofrem neste momento os trabalhadores e segmentos como negros, as religiões de matriz africana e LGBTS, entre outros . As fragilidades em nosso continente ocorrem por interferência direta dos programas neoliberais levados em quase todos os países por imposição dos  Estados Unidos e seus aliados.

Será que querem popularizar e descriminalizar os ataques bacteriológicos como fizeram com o fascismo? Depois de invadir países, destituir governos, interferir em eleições, influir emocionalmente em estados inteiros, matar líderes em seus próprios países e no estrangeiro só falta isto, uma politica de extermínio da humanidade. É o que parece e por isto levantamos este assunto, isto é inaceitável.

Acreditamos e desejamos que a China consiga deter o coronavírus e que haverá um esforço entre alguns países para que o pior não aconteça. Mas sabemos que a luta do imperialismo nunca para e só a mobilização do povo pode contê-los.

Artigo de Luiz Pimenta e Roberto Bergoci
Diretor do Conaicop: Ruben Suarez



      (1) Jovem é internada com suspeita de corona vírus em Minas Gerais -
             http://desacato.info/jovem-e-internada-em-mg-com-suspeita-de-coronavirus/#more-226707

      (2) Matéria de Eduardo Lima Anti-imperialista.
            https://www.youtube.com/watch?v=uGPiPRhQ-WA&feature=youtu.be

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Comendo Pelas Beiradas


Escrito por Cristiane Galarza, militante na comunicação popular
Diretor do Conaicop: Rubén Suaréz
Publicado por: Luiz Pimenta

                                                                                                                                                       Viúva Porcina



Qualquer coisa que esteja consolidado ou quase consolidado, quando se quer destruí-la precisa ser aos poucos para que não seja notado pelas pessoas e assim, o destruidor obterá sucesso ou ficará próximo disso. Na política é assim também, e estamos vendo isso acontecer nesse exato momento no Brasil no governo fascista atual. Ele vai “comendo pelas beiradas”.


Vemos os casos dos ministros malucos que vão o da Educação que defende coisas como “Terra plana” até a ministra que diz coisas como “Jesus na goiabeira” etc. Nada disso é por acaso ou por falta de parafusos dos que falam coisas assim. São parte do plano precarizar para privatizar, método já antigo no nosso país para justificar a entrega do bem público a iniciativa privada; aliás, muitas dessas empresas beneficiadas da destruição do país são financiadoras do caos atual. As maluquices desses ministros também tem a função de servir como cortina de fumaça para os projetos de destruição econômica dos trabalhadores e cidadãos em geral, algo que seria de maior causa de repulsa por parte do povo porem, acabam não estando a par dos ocorridos graças a essas distrações e isso gera a apatia, dentre outros motivos.

Também temos os casos do trabalho de propaganda do governo fascista que é bem mais de acordo com o dito popular citado no primeiro parágrafo. Este é feito de maneira inicialmente discreta, lenta e que vai se intensificando até chegar no ápice que é o próprio governo fascista completo a acabado, com todas as suas características plenas e explicitas. As vezes algumas coisas são exteriorizadas antes da hora, como foi o caso do Secretário de Cultura (do antigo Ministério da Cultura), Roberto Alvin que deixou escapar a verdadeira face nazista do governo (na verdade toda a esquerda já sabia, porem o lado da população desinformada não sabia até esse momento). O dito cujo recitou em vídeo nas redes sociais um texto do Paul Joseph Goebbels, ministro da Propaganda do governo Hitler, recriando inclusive o cenário idêntico ao de uma foto antiga do ministro alemão, deixando claro a todos a natureza do governo brasileiro. Ainda não estava no momento de se declarar abertamente assim para todos e então, o secretário foi demitido por justa causa (a causa foi ser apressado demais) e, foi substituído (pelo menos até o momento da criação desse texto) por uma fascista mais discreta, que sabe ficar de bico calado para não prejudicar o chefe, a “namoradinha do Brasil”, Regina Duarte, a eterna viúva Porcina de Roque Santero. Regina que nas eleições de 2002 declarou que “tinha medo do Lula”, é também empresaria ligada aos ruralistas, dona de cabeças de gado etc. Recebe pensão militar apesar de já ter se casado quatro vezes (o que poderia inviabilizar o pagamento da pensão), nunca deixando de receber a mamata dos cofres públicos (R$ 6.843,34 mensais). A revista Veja informa que a atriz global deve R$ 319,6 mil por irregularidades no uso de recursos provindos da Lei Rouanet. Ela teve as contas de uma peça reprovadas em março de 2018. Já disse em entrevista ao jornal Estado de S.P. que não vê nada de errado no Bolsonaro falar mal dos gays e dos negros, justificando que tudo isso é apenas “da boca pra fora”. Ou seja, uma verdadeira bolsomininha totalmente qualificada para o cargo; sua função é: ajudar a destruir a arte e cultura nacional e dar continuidade ao projeto de implementação de um regime fascista por completo.

Mais uma vez vemos que o método dos partidos de esquerda de exigir a demissão dos ministros não dará resultados satisfatórios, pois enquanto uns malucos fascistas saem, outros entram e continua tudo na mesma. Temos que ter uma política de mobilização do povo, indo para as ruas e derrubar esse governo que não é apenas fascista mas também fraudulento, tendo o principal adversário do Bolsonaro, Lula preso arbitrariamente pelo juiz que depois ganhou de presente um ministério do seu aliado. O pacifismo e a inercia nos leva ao abismo. A ação e a derrubada do governo nos levará a vitória. Esse é o único caminho.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Carta ao Povo Brasileiro - MST


Por Coordenação Nacional do MST
Diretor Internacional do CONAICOP: Ruben Suarez
Publicado por Luiz Pimenta


Desde as terras inconfidentes e rebeldes das Minas Gerais, e solidários com as famílias das vítimas da Vale em Mariana e Brumadinho, a Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, reunida em janeiro de 2020, reafirma seu compromisso com a organização popular, a luta por Reforma Agrária e a transformação social.

Testemunhamos aqui nestas terras a agressão do capital aos bens da natureza e as condições de vida do povo, gerando a morte de pessoas, rios, plantas e toda biodiversidade, como pedágio à sanha de seu lucro incontrolável. Aqui estamos para afirmar a luta justa do povo por sua libertação e por uma vida sem a lógica perversa da acumulação do agronegócio e da mineração.

O capital, sob profunda crise, impõe aos povos do mundo desemprego, fome, retirada de direitos sociais, precarização do trabalho, violência, extermínio, privatizações, destruição do meio ambiente, expropriações, saque dos bens naturais e dos recursos estratégicos. Promove guerras de todo tipo e ameaça a existência humana, seja por seu projeto destrutivo à natureza, mas também por sua agenda ultraliberal que acentua a desigualdade social e aumenta os privilégios da classe dominante.

Este projeto de morte é neofascista, odeia a democracia e a participação popular. Produz governos de extrema direita e Estados serviçais aos interesses dos mais ricos. Promove golpes, desestabiliza economias e incita o caos social.

No Brasil, o governo Bolsonaro entrega o país aos interesses dos Estados Unidos, nossas terras aos estrangeiros e quebra a economia nacional em detrimento do capital. Atenta contra a soberania dos povos e sobre os bens naturais existentes. Bolsonaro é um gerente do projeto de poder das elites, age sob a tutela militar, em conluio com uma parte significativa do judiciário e do congresso, governa com as milícias e com os corruptos.

Impõe o medo, despreza a Constituição e pratica o terrorismo de Estado contra os povos, especialmente indígenas, negros, mulheres e LGBTs.

No campo, promove a regularização do crime de grilagem e quer entregar 70 milhões de hectares de terras públicas, especialmente na Amazônia, a quem desmatou, destruiu, sonegou impostos e assassinou povos. Pretende premiar quem se autodeclara dono de terras roubadas dos brasileiros e brasileiras.

Bolsonaro legitima a ação dos jagunços do agronegócio, autoriza o extermínio, desmata a floresta e destrói a biodiversidade. Tudo para expandir a fronteira agrícola, a mineração e o lucro das empresas transnacionais. Defender a Amazônia é defender o Brasil, os povos, seus territórios, a vida e o meio ambiente.

Nosso dever é atuar sobre as contradições deste projeto das elites, pois eles não têm solução para os principais problemas que afetam o povo brasileiro. Devemos nos mobilizar diante do desmonte dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários. Diante da generalização da violência, das perseguições e assassinatos de lutadores e lutadoras. Devemos nos indignar perante o envenenamento em massa do povo através da comida e da água, promovido pelo agronegócio.

Nos comprometemos a ocupar os latifúndios do campo e das cidades. Lutar pelos direitos sociais e não permitir retrocessos nas conquistas. Estamos de pé e dispostos a contribuir no legítimo levante das massas populares.

Reafirmamos nosso compromisso com a terra, com a vida, garantindo alimentação saudável para todo o povo. Defendemos um Projeto Popular para o Brasil. Seguiremos lutando em defesa da Soberania Nacional e Popular.

Nos solidarizamos com todos os trabalhadores e trabalhadoras em luta do mundo. Rechaçamos os golpes e intervenções. Defendemos a legitima soberania dos povos.

Estaremos nas ruas com as mulheres, com a juventude, com os educadores, as educadoras e com a classe trabalhadora. Conclamamos o povo brasileiro à travar as batalhas necessárias, manter a luta permanente e construir uma sociedade justa e igualitária. Uma sociedade socialista!

Lutar, Construir Reforma Agrária Popular!

Coordenação Nacional do MST
Sarzedo (MG), 25 de janeiro de 2020

domingo, 26 de janeiro de 2020

Ditadura avança com militares no INSS





                                                      
Artigo de  Beatriz Luna Buoso - Militante na causa popular no Brasil
Diretor do Conaicop Br: Rubén Suarés
Publicado por Luiz Pimenta


Na última quinta-feira, 23 de janeiro, o vice-presidente Hamilton Mourão
assinou um decreto que reforça o avanço da ditadura militar no Brasil.
Trata-se de uma medida que permite a contratação de militares inativos
para trabalharem no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A
justificativa do governo é que os 7 mil militares convocados irão atuar nas
agências para ajudar a reduzir filas e acelerar os processos.

Como já sabemos, o problema do INSS é resultado da política da própria
direita, onde os trabalhadores são atendidos de forma totalmente
precária. São mais de 2 milhões de pessoas que depois de mais de 30 anos
de contribuição, esperam na fila há anos para receberem os benefícios
que têm direito.

É bem óbvio que a extrema-direita não está nem um pouco preocupada
em resolver o problema dos trabalhadores, já que com o número de
desempregados hoje no Brasil, quase 13 milhões, ao invés de abrir um
concurso ou fazer uma contratação temporária, o governo prefere gastar
mais com militares, que já têm seus salários garantidos e conforme consta
no decreto, irão receber mais 30% para realizar a atividade.

O que estamos vendo são cenas típicas de uma ditadura militar. Militares
infiltrados em todos os lugares possíveis, intimidando e reprimindo alunos
e toda comunidade escolar nas escolas militares implantadas no governo
Bolsonaro, e em vários órgãos atacando os funcionários que são contra
esse regime fascista e prejudicando o povo, como é o caso do INSS.

Não precisamos voltar para 1964, já sabemos o retrocesso enorme que
esse regime irá levar o país em todos os aspectos. Por isso é necessário
barrar esses fascistas agora. Toda a classe trabalhadora, todos os
estudantes, os sindicatos, os partidos progressistas, todo povo que vêm
sofrendo ataques desse governo devem se mobilizar, se organizar e assim
acabar com esse regime militar fascista que está se instalando no Brasil.
Foi com essa mobilização que derrubaram esse regime em diversos países
da Europa, da América Latina, inclusive no Brasil. Esperar pelas eleições só
fará com que a ditadura avance cada vez mais, ou seja, esperar por 2022 é
assistir o país ser totalmente destruído nas mãos desses fascistas inimigos
do povo.

ABAIXO A DITADURA MILITAR!

FORA FASCISTAS!

sábado, 25 de janeiro de 2020

Só a força dos trabalhadores pode deter o fascismo




Artigo de Luiz Pimenta, militante na comunicação popular no Brasil
Diretor do Conaicop: Rubén Suarés


                                          Marcha sobre Roma


Com as mais recentes medidas de avanço do fascismo no Brasil que são:

- O adiamento da adoção do Juiz de Garantia, aprovado pelo Congresso Nacional  com ajuda representantes de setores da oposição, pelo Ministro do STF Luiz Fux;
- A recusa do MP de aceitar a indicação do STF que o jornalista Gleen Greenwald  não poderia se indiciado por crime de não exposição de fonte jornalística;

Considerando também todo o histórico de ataques aos trabalhadores como reforma da previdência, reforma trabalhista, ataques as estatais e bancos públicos, à educação e aos serviços públicos em geral fica muito claro que cabe aos brasileiros tomar providências para afastar as ameaças do governo Bolsonaro e seus associados de implantar um regime de exploração e violência contra os trabalhadores e ocupantes das classes menos privilegiadas, um autêntico governo tipo fascista.

Para isto devemos nos organizar em comitês de luta e autodefesa e apoiar os sindicatos combativos na luta contra o governo federal e seus aliados e exigir claramente o fim do Governo Bolsonaro.
Devemos exigir o fim da criminalização do Presidente Lula, o fim da união do Judiciário com os golpistas,  da entrega do patrimônio público, o fim a política de ataque aos negros e comunidades pobres e os ataques às liberdade de expressão e de docência.

Também não devemos nos iludir com alianças com setores que são representantes da burguesia pois isto nos levará, fatalmente, à derrota. A união com com direitistas que apoiaram Bolsonaro, tipo Alexandre Frota e Joice Hasselmann e como tipo Janaína Paschoal e Fernando Henrique Cardoso e outros trastes,  para disputa de eleições fraudadas só enfraquecerá a nossa posição e dará legitimidade a causa espúria dos do governo.

As forças reacionárias brasileiras, insatisfeitas com os avanços dos trabalhadores e classes menos privilegiadas nos governos Lula e Dilma, se uniram às elites financeiras e monopolistas nacionais e internacionais para mudar o quadro e o regime. Isto é um enredo velho, que já aconteceu muitas vezes pelo mundo.

A história nos diz que todas as vezes que o fascismo ou nazismo triunfaram isto se deu com a união de duas forças poderosas:

1 – De um lado estão sempre presentes alas mais atrasadas ou conservadoras da sociedade sejam elas religiosas (católicas ou protestantes), monarquistas absolutistas ou liberais e até mesmo parcelas ainda feudais da sociedades (geralmente interior agrícola);

2 – De outro lado está alta burguesia, sempre interessada em deter as crises no capitalismo. Eles se aproveitam do grupo anterior para implantar o terror, e assim aumentar seus lucros e solucionar seus problemas de mercado e de excesso de acumulação de capital entre outros.  Os burgueses estão sempre alerta para qualquer ameaça vinda dos trabalhadores e sempre prontos a voltar a roda da exploração até onde for possível para manter seus privilégios, e para isto são capazes de tudo.

A burguesia sempre chama as alas conservadoras para fazer o papel sujo de conter seus verdadeiros inimigos que são os trabalhadores. Quem sempre executa estas tarefas de reprimir, destruir os direitos e colocá-los na ilegalidade são os militares e policiais, os pequenos empresários, classe média  e funcionários da justiça, sempre insatisfeitos e se achando merecedores de melhor destino na divisão de poderes, querendo ser da alta burguesia.

Já os trabalhadores são a parte da sociedade sempre escalada para ser explorada e fazer os sacrifícios para as demais enriquecerem. Neste processo os trabalhadores sempre têm os salários e direitos reduzidos, os sindicados silenciados, partidos políticos fechados e têm retirados todos os acessos à cultura e livre expressão e, na maioria dos casos, são também atacados fisicamente com tortura e morte.

A união da burguesia com setores atrasados da sociedade aconteceu em vários lugares. Vejamos alguns exemplos:
O mundo já tem vasta experiência com os resultados negativos da implantação do fascismo e do nazismo, que sempre levam as sociedades a retroagirem cultural, econômica, social e moralmente. Foi assim na Itália, Alemanha, Espanha, Portugal e também em países da América Latina.
Também é sabido que em quase todos os países citados acima os regimes acabaram por obra da  mobilização dos trabalhadores. Foi o caso da ditadura no Brasil onde uma grande onda de greves colocou abaixo o regime militar. Também é conhecida a reação dos trabalhadores em vários países, entre eles França e Inglaterra, onde a mobilização e organização de greves e repressão física aos agressores afastou a implantação do regime.

Dizemos não ao nazifascismo no Brasil e em toda a América Latina!


sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Água, um direito dos cariocas que escorre pelo ralo



Escrito por Aurelio Fernades, educador, militante dos círculos pela revolução brasileira e no comitê de solidariedade à Revolução Bolivariana no RJ.
Publicado por Luiz Pimenta, militante na comunicação popular do Brasil.
Diretor do Conaicop: Rubén Suaréz


Água, mais um direito de cariocas e fluminenses que escorrem pelo ralo do capital...
Foto Divulgação / Pexels

Sec XXI, janeiro de 2020. Diversos relatos pipocam nas redes sociais descrevendo uma água muitas vezes turva, com cheiro e gosto de terra saindo das torneiras e filtros, distribuída pela CEDAE (Companhia de Águas e Esgotos do Estado do Rio de Janeiro), principalmente das zonas norte e oeste do município do Rio de Janeiro. São numerosos também os relatos de pessoas que passaram mal após a ingestão.
“Água da torneira com cheiro horrível. Dos filtros idem”, conta um internauta.
Trata-se de uma situação inédita para os cariocas que, porém, diversas metrópoles na Europa, na América do Norte, na Austrália, na China, no Japão, já sofreram em determinada etapa do seu desenvolvimento urbano e social: o gosto ruim da água causado pela própria concentração populacional da metrópole.
O problema causou uma corrida por água mineral nas regiões afetadas. Nunca é demais lembrar que o Brasil tem a maior reserva de água doce do mundo e que hoje são motivo de disputa pelas transnacionais.
A causa de tudo isso está relacionada com a multiplicação acentuada de algas e bactérias na água.
Esse aumento leva as algas a produzirem uma substancia orgânica: a geosmina. Essa substancia pode alterar o gosto e o cheiro, mas não explica a turbidez ou aspecto “barrento” relatados em alguns locais. Uma concentração elevada da substância pode interferir na qualidade.
A causa de base do desequilíbrio ecológico e da proliferação das algas em Guandú ocorre pelo fato de que o corpo d’água não consegue absorver e depurar naturalmente a carga poluidora dos esgotos despejados in natura em seus afluentes por quase toda a população da bacia. Visto que as algas azuis têm a sua principal fonte de alimento no fósforo presente nos esgotos sem tratamento, se fazem presentes as condições favoráveis para sua proliferação.
“Houve um aumento de algas e bactérias na água e, embora não relatado pela CEDAE, estes microrganismos podem produzir alguns compostos que podem ser nocivos à saúde quando presentes em grandes quantidades”.
Na lagoa de captação da CEDAE, em Nova Iguaçu, é visível a presença de grande quantidade de plantas aquáticas e esgotos in natura que são transportadas para a lagoa de captação de água da ETA Guandu operada pela CEDAE.
O aumento expressivo de algas não é um fenômeno natural como tem alegado a CEDAE: a presença de grande quantidade de algas e de plantas aquáticas no Sistema Guandu se reproduzem devido à ausência de tratamento dos esgotos sanitários na região.
A operação do Sistema Guandu pela CEDAE, que abastece a Baixada, a Capital e o Vale do Paraíba do Sul, depende quase exclusivamente de um único manancial, o rio Paraíba do Sul, tem a função de garantir diretamente o abastecimento de água de 8,7 milhões de habitantes (ou seja: 75% da população fluminense), e apesar disso, recebe diariamente cerca de 1 bilhão de litros de esgotos sem tratamento. Sua bacia hidrográfica é a mais degradada, desmatada do estado.
Outra ameaça potencial de desastres ambientais na bacia do Paraíba do Sul, é a perigosa presença de mais de 600 barragens de resíduos de mineração e industriais situadas na divisa entre os Estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.
Existem recentes diagnósticos oficiais, ignorados ou omitidos da população pelos governos federal e do estado, assim como pelas agências reguladoras ANA e AGENERSA, que afirmam que a região Sudeste brasileira, em especial os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro passam por uma preocupante situação de comprovada “insegurança hídrica” ou “estresse hídrico”.
A ANA (Agência Nacional de Águas), estima que cerca de 60,9 milhões de pessoas que residem na região Sudeste já sofrem riscos de desabastecimento: deste total, 32 milhões de pessoas residem nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo e estariam vulneráveis ao risco de falta d’água devido a eventos climáticos recorrentes, como estiagens mais severas. Somente no estado do Rio, este risco hídrico ameaça 11,8 milhões, o que representa 68,6% dos 17,1 milhões de habitantes.
A solução que elimina a causa real da “morte” de um manancial é o controle de fontes poluidoras pontuais (indústrias, culturas agrícolas) e o enfrentamento da questão urbana, em última análise, da própria produção do espaço urbano da metrópole que segrega a população mais pobre em direção a áreas cada vez mais periféricas onde encontram um pedaço de terra de custo mais baixo.
Para começar é necessária a retomada dos investimentos em saneamento básico para superar o déficit de 70% da população fluminense que não tem acesso ao tratamento de esgotos.
Mas não basta implantar sistemas de esgotamento sanitário. Os governos tem de urbanizar favelas, criar parques e conceber um modelo de gestão hídrico, intensificando o monitoramento do manancial e da água distribuída e divulgando informações com ampla transparência e veracidade para toda a população. Por outro lado são necessários órgãos de controle de caráter popular e classista na CEDAE para resgatar a confiança e a credibilidade de todos os envolvidos, não apenas da CEDAE e seus funcionários.
Nas situações de crise de qualidade da água – assim como em outras crises – busca-se apontar para um culpado. Não existe um culpado, existe um responsável: a corrida desenfreada por lucro baseada na superexploração que impede a urbanização dos assentamentos precários de interesse social, eliminar fontes poluidoras pontuais, implantar sistemas de afastamento e tratamento de esgotos, criar áreas protegidas e recuperar nascentes e matas ciliares.
São as instituições e entes públicos das esferas municipal e estadual que compactuam com essa busca desenfreada de lucro e a superexploração. Tranquilizam-se com a ausência de políticas de moradia digna para a baixa renda. Incentivam ou fingem não ver os assentamentos precários produtores de votos, não fiscalizam a poluição causadas pelas empresas. Apostam sempre na privatização dos lucros para uma minoria e na socialização do prejuízo para a maioria da sociedade.
Resta às trabalhadoras e trabalhadores da cidade e do campo organizarem essa luta...

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

O crescimento do neofascismo e a importância dos Comitês de Auto-defesa

Artigo de Roberto Bergoci - Militante na comunicação popular no Brasil
Diretor do Conaicop - Rubén Ruarés
Publicado por Luiz Pimenta

                                                             
                                       
                                       

 O aprofundamento da crise econômica do capital trás em seu bojo o recrudescimento da instabilidade politica e social, colocando em frangalhos o próprio regime de dominação da burguesia.
 A experiencia histórica ensina que, diante de graves crises econômicas, os capitalistas para salvar seus lucros e manter a dinâmica da acumulação, necessitam repassar aos trabalhadores todo o ônus de tais crises. Tal saída burguesa agrava no entanto, as contradições sociais e potencializa o embate entre as duas classes antagônicas fundamentais da sociedade atual: a saber, burguesia vs proletariado.
 Tais períodos de irrupção e agravamento das contradições da sociedade burguesa, não faz mais do que radicalizar as lutas entre as classes, arrastando a pequena burguesia a arena de luta, devido a ameaça patente de sua proletarização e, porque não, proletarização.

 Tal situação, se agravada, obriga as classes dirigentes a adequarem, mesmo que inconsciente, a forma politica e jurídica do Estado, às necessidades imperiosas da acumulação irracional.   Como disse Engels em sua carta publicada no Sozialistischer Akademiker: "O desenvolvimento econômico, jurídico, filosófico, literário, artístico etc., repousa sobre o desenvolvimento econômico. Mas todos eles reagem, conjuntamente e separadamente, um sobre o outro e sobre a base econômica" ( Carta de 1894).

  Dessa forma, para que as condições econômicas baseadas na acumulação via exploração selvagem sobre o proletariado seja "bem sucedida", as engrenagens da super-estrutura ( sobretudo o judiciário e forças de repressão) tem de ser azeitados e ganharem "novas" formas.

  No Brasil vemos atualmente uma hipertrofia assustadora do papel bonapartista dos juízes e promotores, que cada vez mais, assumem um papel de arbítrio ajustando não só os conflitos entre as classes antagônicas a favor dos exploradores, mas atuando no sentido de disciplinar as próprias facções em luta de capitalistas, como tem feito a golpista Lava Jato.
 Mas no entanto, um setor que ganha proporções enormes e cada vez mais protagonismo no interior do Estado burguês contemporâneo, são os aparelhos repressivos policiais.
Basta dizer que, o presidente neofascista Bolsonaro e as igrejas neo pentecostais que o sustentam, estão amplamente ancorados no setor de repressão, que na prática, tem levado adiante uma verdadeira politica de genocídio contra a população negra e as parcelas mais oprimidas da classe trabalhadora.
 O regime politico no país, tem se assemelhado cada vez mais com a descrição feita pelo escritor revolucionário estadunidense Jack London, no seu clássico romance o "Tacão de Ferro", que descreve uma ditadura despótica brutal do capital.

 Para além das forças repressivas da ordem, a burguesia tem recrutado como seus auxiliares e tropa de choque, bandos lupens de vadios reacionários, arrebanhados sobretudo, no interior das classes médias em decadência, vitimas do capitalismo dos monopólios. Estes são a parte visível dos agrupamentos de tipo fascista que vemos pipocar no país e que tem como característica, a violência física, de tipo militar assimétrica, contra as organizações operárias e populares, ou que eles identificam como sendo "comunista", como o ataque aos estúdios do programa humorístico "Porta dos Fundos", em dezembro.

  O crescimento de tais grupos fascistas, com apoio e coordenação de membros das Policias Militares e das Forças Armadas, representa grande risco para o movimento operário e popular; mas também, para a juventude negra das periferias, que serão ainda mais reprimidos e violentados pela burguesia, diante do impasse de seu regime e da impossibilidade de o capitalismo dependente em crise, inserir produtivamente a maior parcela da juventude pobre.
 Diante de tal situação muito grave, a esquerda brasileira, junto dos sindicatos e movimentos populares, precisam urgentemente se organizar em Frente Única de ação imediata e passar à ofensiva contra a extrema direita.

 É urgente romper com as ilusões pacifistas e o legalismo acovardado e organizar a resistência classista. Defendemos nessas condições, a formação dos Comitês de Auto-Defesa para a ação.
 Refletindo sobre os ataques da burguesia contra os trabalhadores na França dos anos 1930, Leon Trotsky, grande estrategista militar e fundador do Exército Vermelho na União Soviética nos lega uma valorosa orientação sobre a organização da auto-defesa em tempos como o que vivemos. Neste sentido, temos pleno acordo com Trotsky, quando este diz a respeito dos Comitês de ação:
"A primeira condição para isto é compreender claramente o significado dos comitês de ação como o único meio de quebrar a resistência anti-revolucionária dos aparatos dos partidos e sindicatos(...)Tarefas como a criação da milicia operária, o armamento dos operários, a preparação da greve geral, ficarão no papel, se a própria massa não se entregar à luta por meio de seus órgãos responsáveis. Somente esses comitês de ação nascidos da luta podem assegurar a verdadeira milicia, contando não com milhares, mas com dezenas de combatentes.
 Somente os comitês de ação, abrangendo os principais centros do país, poderão  escolher o momento de passar para métodos mais decididos de luta, cuja direção lhes pertencerá de pleno direito (Trotsky, "Aonde vai a França?").

  Diante da ameaça real, integralista-fascista e do recrudescimento da violência policial contra as massas, fazemos um sério chamado às vanguardas revolucionárias e ao movimento operário e popular, para construirmos desde já estes instrumentos de defesa contra a extrema direita sanguinária!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Doze dias de cultura no Sindipetro-RJ

         
     

O Sindipetro-Rj e a Fundação Nacional dos Petroleiros convidam a todos para
12 DIAS DE CULTURA E OPRIMIDOS



COMEÇA AMANHÃ, 21 de Janeiro, e só Termina em 01 de Fevereiro.
Local: Av. Passos, nº 34, Centro, RJ no Auditório, Sala e Salão do SindipetroRJ

Temas a serem debatidos:
Censura, Lei Rouanet, Religiões Oprimidas, Indígenas, Quilombolas, Pretos, LGBTI, Sem Teto, Sem Terra, Teatro, cine debates, exibição e venda de artes plásticas, livros, danças e outros.

Companheiros e entidades confirmadas para debate e apresentações:
Mãe Nádia - Umbanda - Religiões e Opressões
Padre André - Religiões e Opressões
Babalaô Marcelo Monteiro / CETRAB
Hélio Luz  - Segurança Pública e Oprimidos
Felipe - Marcha das Favelas - Segurança Pública e Oprimidos
FOB - Segurança Publica e Oprimidos
Ruan - AERJ - Educação e Ditadura
Romulo - Adecefet - Educação e Ditadura
Jaqueline - UFF - Educação e Ditadura
Recc - Educação e Ditadura
Bel Bezerra / UEE - Educação e Ditadura
Emancipa / Educação e Ditadura
Carla Carvalho - Direitos Humanos
Alice Pereira - Visibilidade Trans
Moisés Guimarães - Corpos Trans
Damião Chagas e Amaury O da Silva-
A Periferia
Júlia Xavante –
Aldeia Maracanã
Lúcia – Censura
Célio Gari - Direito a Cidade e Lixo como Recurso
Economia e Oprimidos - Prof Heitor
A Literatura Indígena como Território de Luta / Movimento de Esperança - Aline Pachamama
Macaco Águia - Alejandro Venezuelano
Canto - Kae Guajajara
Tupinambás no RJ - Ricardo Ajuricaba
Agroecologia, Florestas e Indígenas - Ricardo Ajuricaba
Contação de Histórias Indígenas para Crianças - Mel Coelho,
Impacto do Sistema da Divida no Povo Brasileiro - Paulo Lindsay
Cine Debate - Alma Suburbana e Comida di Pe Sujo - Luiz Cláudio Motta
Empresas Publicas Serviços Públicos Aniquilados - Como Afeta o Povo - Andréa Matos, Luiz  e outros
A Opressão aos Aposentados - José Bezerra e outros
Genocídio Negro - Andréa Matos e outros
Mulheres Reais - Maria Aparecida Pereira dos Santos
Ditadura e Oprimidos - Oprimidos, Partidos, Entidades...
Esquerda e Oprimidos - o mesmo grupamento
Rádio e TVs Públicas - Rosa Leal e Carol Barreto, Sind. Jornalistas Profissionais do RJ e Ricardo Alexandria  do Sindicato dos Trab. das Rádios e TV
Arte Marcial - Piranhas
Criminalização da LGBTfobia - Maria Eduarda Aguiar

Filmes:
Distopia do Capital, Dedo na Ferida, O dia que durou 21 anos, a Casa da Moeda, Demissões na Usiminas, Luz para Todos, Batismo de Sangue, O Petróleo Tem que Ser Nosso, O que e o Pré Sal?, Privatizar pra Quê? , Ele Esta de Volta, Depois do Vendaval...

Oficina de Fanzinis - Tavarez Vandal

Luiz Frias - Artista Plástico - Expositor
Jair Baiano - Artista Plástico - Expositor
Lucas Araújo - Pintor - Expositor
Tavarez Vandal - Desenhista Fanzinis
Vassilis Anastassakis Nogueira - Desenhista
FIST
Aldeia Maracanã

Livros:
Salamandra - Editora / Livraria
Book Look - Editora / Livraria
Cooperativa Jatai / livraria
Livraria Timbuktu
Economia Solidaria
Editora Metanoia
Editora Pachamama
.

Luiz Mário
Dir. Política Formação Sindical do Sindipetro-Rj e diretoria da FNP

NÃO FIQUE SÓ, FIQUE SÓCIO. !!!!

Indígenas entre esquerda e direita



Escrito por Carlos Pronzato
Cineasta e escritor - Sócio do IGHB (Instituto Geográfico e Histórico da Bahia)
Publicado por Luiz Pimenta, militante na comunicação popular no Brasil
Diretor Internacional: Rubén Suarés

   As comunidades indígenas do continente americano sobrevivem num sofrimento infinito desde a invasão dos seus territórios pela conquista europeia no século XV.

   Embora hoje os 826 povos indígenas existentes representem quase o 10 % da população total (algo em torno dos 45 milhões), o aumento verificado nos últimos anos não responde apenas a uma dinâmica demográfica, mas também a um aumento da “autoidentificação”. E apesar das tentativas de resistência ao longo do tempo assistimos hoje ao recrudescimento de todo tipo de violências contra os primeiros habitantes destas terras. Sabemos que em alguns países a sua expressão demográfica tem diminuído até o quase extermínio ao passo que em outros, apesar da sua superioridade numérica nos dias atuais, não guarda relação simétrica com a desigualdade social e politica na qual se debatem a diário. Em todos os países, a situação indígena é calamitosa.                               


   O “avanço civilizatório”, o latifúndio, o extrativismo e a implementação dos megaprojetos impõem danos irreversíveis à natureza e as comunidades que ali habitam, independente do signo político de qualquer dos países latino-americanos.  No Brasil, como claro exemplo disto último basta lembrar a controversa construção da Usina de Belo Monte, no Xingu, obra concebida na ditadura e barrada durante anos pelos povos indígenas, cuja primeira turbina foi inaugurada por Dilma Rousseff (PT) em 2016 e a última por Jair Bolsonaro (PSL, hoje Aliança pelo Brasil). Também na Bolívia, antes do golpe de novembro de 2019, o ex presidente Evo Morales, que ideologicamente deveria se opor a um modelo depredador da natureza, impulsou um projeto que provocou o maior desgaste de todo o seu governo, denominado TIPNIS, a construção de uma estrada no meio de um território indígena comunitário e área ecológica.


               Protesto de povos indígenas em Brasília 05/2017.

   O México, onde AMLO (Andrés Manuel López Obrador) do partido de esquerda Morena (Movimento de Regeneração Nacional) ocupa a presidência há pouco mais de um ano, leva enfrente megaprojetos que afetarão a vida das comunidades maias na órbita dos territórios onde o EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional), de composição camponesa e indígena, já declarou sua resistência ao capital transnacional. E não podemos esquecer do Chile, presente diariamente nos meios de comunicação pela sua gloriosa revolta popular contra um Estado que até hoje agride os mapuches, nação indígena que defende palmo a palmo os recursos naturais dos seus territórios ancestrais diante da rapina internacional amparada nos poderes executivos à direita e à esquerda. Portanto, independente das politicas públicas que os governos com maior sensibilidade social levam adiante, a questão indígena continua insolúvel.






sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Moedeiros rejeitam ataques a direitos e à Casa da Moeda

Moedeiros rejeitam ataques a seus direitos e à Casa da Moeda.


Escrito por Luiz Pimenta, militante na comunicação social no Brasil.
Diretor Internacional do CONAICOP: Rubén Suaréz

Após assembléia com os trabalhadores realizada ontem, 15, no portão da Casa da Moeda, o presidente do sindicato Aloízio Junior falou a este Blog sobre os ataques que a diretoria da casa faz aos seus empregados e a Instituição Casa da Moeda, que carrega 325 anos de bons serviços prestados ao Brasil.




Mobilizada para defender seus direitos a categoria não aceitou a contra-proposta apresentada pela Casa da Moeda. Ocorreu uma negociação através de uma comissão paritária que vem negociando, que não obteve sucesso. Segundo os trabalhadores e o sindicato o que a empresa apresentada como proposta é totalmente inviável, incompatível com as cláusulas do acordo coletivo vigente e até mesmo com a legislação.
Os ataque aos trabalhadores ocorreram da forma mais vil possível com a retirada de direitos conquistados há muito tempo como insalubridade, assistência médica aos dependentes, retirada de auxílio creche vital, já que a CM está localizada em área remota, auxílio alimentação e auxilio remédio para doenças permanentes, entre outros.

Por este motivo os trabalhadores ocuparam na última sexta-feira, 10, o andar da diretoria para pressionar pela revisão destas arbitrariedades, já que as conquistas são respaldadas em leis. Segundo relato dos moedeiros a ocupação foi uma reação espontânea da categoria pela falta de respeito da atual diretoria. A ilegitimidade desta fica clara quando ela se retira da sede de Santa Cruz  para o Museu da Casa da Moeda, localizado no Centro do Rio de Janeiro, e não tentam negociar frente à frente com os moedeiros. Mas eles não vão fugir, os moedeiros sabem onde eles estão segundo os trabalhadores.

Além do ataque aos direitos do trabalhadores - isto também vem ocorrendo no país em todas as áreas que interessam à iniciativa privada, nacional ou de outros países como vemos no caso da Petrobras, da empresas de energia elétrica, no caso da Embraer, das empreiteiras que foram totalmente destruídas, da educação, cultura e outras áreas que possam render lucros mas que são de interesse social - eles também fizeram mais ataques.

Ataques à casa da moeda:
-Como já relatamos em outro artigo o primeiro ataque, ainda no governo Temer, foi ao SICOB, sistema da Casa da Moeda que visava controlar as quantidades produzidas e pagamento de impostos principalmente da área de bebidas (cervejas, refrigerantes, vinhos, cachaça e outros) que deixou de ser utilizado. Isto tira o controle da fiscalização e abalou fortemente a receita da Casa da Moeda e tirou o controle das mãos do governo.
 -O Governo ainda taxou o sistema SICOB em 30% retroativo ao início do ano, o que fez a empresa ter um péssimo ano de balanço de 2016.
- Logo depois abriu concorrências no exterior para emissão de papel moeda no exterior;
- Também está na pauta produzir no exterior os novos espelhos das identificações únicas, que tramita no congresso.


Como sabemos tudo isto faz parte de um ataque global do capitalismo, em forte crise, que busca lugares onde recuperar os lucros causados pela baixa demanda de seus produtos. O que eles desejam é tornar os produtos dos países atrasado mais baratos ou eliminar completamente a concorrência. Foi o caso da Embraer, da Vale e das empreiteiras nacional.

Mas os trabalhadores da Casa da Moeda mostraram sua força e não se intimidaram com ameaças. segundo o presidente do Sindicato dos Moedeiros os trabalhadores mostram que entendem o momento que vivem e têm consciência que lutam por uma causa além de seus direitos individuas ou da categoria e que o ataque do governo é um ataque a todos o trabalhadores, não só dos da Casa da Moeda.
Eles permanecem na luta!


terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Ataques à Casa da Moeda, sua importância econômica, estratégica e de segurança



Escrito por Luiz Pimenta, militante na comunicação popular no Brasil.
Diretor Internacional da Conaicop: Rubén Suáres








Temos visto recentemente na imprensa alternativa notícias sobre a movimentação dos moedeiros, trabalhadores que produzem moedas e afins, na Casa da Moeda, que estariam em greve por reivindicações salariais direitos conquistados há muitos anos. Isto é só uma parte da história, por trás disto existe grande cobiça e interesses inconfessáveis e grande negligência com os interesses nacionais.

Esta movimentação levou à ocupação, na última sexta-feira, 10, das instalações da Casa da Moeda localizada em Santa Cruz,  bairro da zona oeste Carioca. Este feito mostra mais uma das alternativas na luta dos trabalhadores e sindicatos de todo o país, e que organizados podem muito. 

Cabe destacar que a falta de apoio dos sindicatos e militantes de partidos afins. Imediatamente após a ocupação muitos companheiros deveriam ter comparecido à Casa da Moeda para levar apoio e mesmo alimentos e provisões que fossem necessários. É assim que se constrói a luta solidária.

Mas sabemos que a Casa da Moeda é muito mais que um foco de reivindicações salariais. Ela é  um  centro de cobiças, de interesses  econômicos monopolistas e imperialistas. 
Conforme palestra do Presidente do Sindicado Nacional dos Moedeiros,  Aloizio Junior,  feita no centro de formação da FUP,  a Casa da Moeda encontra-se sob ataque, para nos isto visa o desmonte e posterior fechamento ou privatização a fim atender a interesses privados que vieram juntos com os novos donos do poder após o golpe de 2016.

Ataques a Casa da Moeda:

- A Casa da Moeda passou a ser atacada, a partir  de 2016, com a redução da produção e depois total extinção  do SECOB (selo de controle de bebidas - cervejas, refrigerantes, vinhos, uísques e cachaças), A contagem da  quantidade para e tributação passou a ser feita "por declaração pelas empresas". É muita confiança no empresariado!  Este produto rendia a Casa da Moeda cerca de 1 bilhão por ano e ao Governo Federal muitos bilhões e muitos bilhões, que agora podem estar em outros bolsos - os dos recebedores de dividendos.

- Logo em seguida ocorreu a troca de entendimento da tributação para estes produto, então a atividade atacada ainda teve que pagar 30% de taxa sobre a produção de selos holográficos, o que causou grande prejuízo em 2016 e a cobrança foi retroativa a janeiro para piorar o quadro.

- Ao mesmo o governo determinou licitação internacional para importação de cédulas, sem ter porque já a Casa da Moeda é plenamente capaz  para a produção das necessidades nacional, com sobras para exportar.

- O projeto de documento único de identidade, enviado ao congresso pelo governo,  onde constarão todos os dados dos brasileiros (mais uma medida autoritária de controle) demandará a troca de todos os Registros por outros novos, já foi enviado com previsão de importação das cédulas de identidade, o que seria uma grave fragilidade na segurança de nossos cidadãos.

Sabemos que não durou muito a ocupação da Casa da Moeda, que houve um recuo tático, e que os trabalhadores continuam sofrendo ameaças do diretor Fábio Rito, o capataz de plantão - consta que já cortaram a insalubridade, o vale alimentação, aumentaram a contribuição do plano de saúde para dependentes, entre outros -  mas que a mobilização continua com paralisações por todo este período , inclusive hoje, 14. Temos recebido informes da repressão interna e também da polícia. 

Enfim, os direitos dos moedeiros são legítimos e o ataque a eles faz parte dos planos para destruição da Casa da Moeda. Isto afeta a soberania nacional, a segurança dos cidadãos e o controle da eficiência da produção e arrecadação de impostos, possivelmente em benefício dos que praticaram o impeachment para mudança do regime, quando passamos a um sistema ultra neoliberal, francamente entreguista das riquezas da nação, e sem nenhum interesse pelos direitos dos trabalhadores.

Outros pontos destacados pelo companheiro Aloizio Junior em sua palestra:

-A empresa vem se organizando ao longo do tempo e funciona há 325 anos, desde a colônia, quando emitia moedas na época da exploração do ouro. Nos  governos do PT torna-se altamente eficiente.

 - Que a Casa da Moeda tem: alto padrão técnico reconhecido mundialmente, com treinamento de seu pessoal em média por 6 anos; tem sucesso no desenvolvimento de novas tecnologias e métodos para aplicação as particularidades nacionais; atuou em várias frentes como a substituição da antiga moeda pelo Real, em 1994 e atendeu às demandas da Copa do Mundo e da Olimpíadas; e tem acompanhado o padrão de segurança mundial e atuado com eficiência no controle da arrecadação de impostos, entre outros desafios.

- As Casas de Moedas podem ou não ser lucrativas mas, por seu papel estratégico,  impõe-se a existência delas em todo o mundo sob controle estatal. A Alemanha experimentou recentemente privatizar a atividade mas voltou atrás logo depois;

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Rio de janeiro: outrora vanguarda, presente  retrógrada.



Escrito por: CRISTIANE GALARZA. (Porta Voz da Conaicop-BR).
Publicado por Luiz Pimenta, militante no Brasil na comunicação popular.
Diretor Internacional da Conaicop - Rubén Suárez


Rio de Janeiro 12 de janeiro de 2020, abertura oficial do Carnaval  da extinta cidade maravilhosa.
Cerca de trezentos mil pessoas decidem esquecer por algumas horas o calvário que tornou-se viver na cidade. E expressaram sua descontração temporal acompanhando o Bloco Favorita, em Copacabana.
Uma linda festividade!

Assim deveria ter ficado na memória dos foliões a abertura do carnaval deste ano. Mas quando começou a dispersão do Bloco os sistemas repressivos do município e do estado (guarda municipal e polícia militar) entraram em ação. Os foliões foram  atacados com gás lacrimogênio o que gerou tumulto e, como é de esperar, repressão física.

O fascismo na política, que vem sendo legitimado nas urnas pelos votantes, vem crescendo na cidade do Rio de Janeiro onde não encontra obstáculos para avançar. E ontem em Copacabana assistimos um show de opressão e censura a uma das maiores expressões populares da cidade, o CARNAVAL DE RUA.

A ideologia política somada a ideologia religiosa do atual Prefeito Marcelo Crivella foram os responsáveis pelo acontecimento opressor de ontem. O Rio de Janeiro esta divido em duas partes desiguais. Outrora a ex-cidade maravilhosa era vanguarda, hoje tornou-se retrógrada. A ex capital do país,  tão admirada nacional como internacionalmente, vive hoje  sua decadência.  Sem graça, sem tom e sem forma e até sem brilho. Isto se deve ao avanço do fascismo junto a praga do cristianismo evangélico. E como a maior força supostamente política  de oposição é o partido da divisão, que tem pauta para tudo menos para derrubar o fascismos e as lacraias evangélicas, e se alia a outros que apostam na solução "imaculada" das eleições.

O Rio de Janeiro, e o Brasil de uma forma geral, estão caminhando em direção ao precipício desde 2013; e fica muito óbvio que as eleições não nos resguarda da opressão, ao  contrário dá respaldo de legitimidade.

O que necessitamos é um despertar para o movimento de massas e uma militância impregnada de teoria revolucionária.

Ocupação Jardim das Oliveiras em SC - Ameaças de desocupação ilegal

Texto enviado pelo coletivo da Ocupação Jardim das Oliveiras.
Com participação do ativista de comunicação popular Roberto Bergoci.
Diretor Internacional da Conaicop - Rubén Suárez


Publicamos o pedido de ajuda de nossos companheiros da Ocupação  Jardim das Oliveiras, em Santa Catarina, mais uma vítima das sistemáticas desocupações ilegais de comunidades produtivas e assentadas ou invadidas para moradia, alguma vezes há dezenas de anos. Estas pressões ilegais, assim como as ordens de despejo, visam atender o interesse capitalista dos proprietários que nunca utilizaram efetivamente suas propriedades e também a desestabilizar as ações dos companheiros trabalhadores que realmente produzem e utilizam as propriedades.
Todo apoio do Conaicop-Br ao produtores rurais, assentamentos e sem tetos em todo o país.



Boa tarde, solicitamos apoio para exigir medidas protetivas aos populares da Ocupação Jardim das Oliveiras, local sujeito a futura ordem de despejo que poderá ocorrer no dia 16/17 de janeiro de 2020.

Trata-se de uma ocupação consolidada há mais de 30 anos, mas devido a fortes pressões a justiça força a prefeitura retirar a população, por sua vez a prefeitura não resiste afirmando que tem moradores na espera da lista de imóveis para habitação, e o que não seria o caso dos moradores da ocupação que seriam privilegiados caso não cumpra a ordem judicial.


Fato que a ocupação consta 200 famílias sendo destas cerca de 245 crianças todas matriculadas na rede pública de ensino e frequentadores regulares das aulas, também informamos que os conselhos tutelares e de assistência e os serviços de proteção social básica do município não tem articulado e interagido entre as partes para garantir as proteções sociais para estas famílias que serão deixadas a própria sorte, contamos com apreciação de sua equipe para o apoio
Bolsonaro mobiliza evangélicos em templos para viabilizar seu partido

Escrito e publicado por Luiz Pimenta, militante no Brasil na comunicação popular.
Diretor Internacional da Conaicop - Rubén Suárez



Bolsonaro e seus seguidores, apoiados pelos pastores protestantes e órgãos da burocracia militar e policial, estão empenhados em mobilizar seus principais subordinados e ligados a estes grupos para viabilizar a fundação do Partido Aliança pelo Brasil, seja lá o que isso quer dizer, e conseguir as 492 mil assinaturas necessárias à sua formalização.

                                                    Bolsonaro c/evangélicos(Reprodução/Twiter)

Para isto eles usam qualquer expediente, mesmo que completamente ilegal, para atingir seu objetivo de criar um partido de extrema direita no Brasil, que substituirá a antiga e Arena, Aliança Renovadora Nacional, partido criado na época para dar ares de legalidades à ditadura militar. Parece que querem fazer o mesmo agora.

Ontem um companheiro gravou áudio, por volta das 16:00 h, relatando  ficou retido em engarrafamento  próximo à Cascadura, onde existe a catedral da igreja do pastor Waldomiro reinaugurada recentemente,  onde muitas pessoas uniformizados com camisas verde com a inscrição Bolsonaro Presidente  indicavam o local para a filiação oferecendo ajuda para o preenchimento da documentação. O mesmo ocorreu mais à frente, em Pilares, onde existe uma grande catedral do pastor Edir Macedo  onde via-se muitos ônibus de todos o estado com grande mobilização, que  incluía até helicópteros, com o mesmo objetivo.

Parece que Bolsonaro, após desistir da coleta digital para criação de seu partido, aposta nesta mobilização, coordenada pelos pastores, para conseguir a homologação de seu partido fascista. Segundo Luiz Felipe Belmonte, vice-presidente da Aliança, eles pretendem que a ficha física de apoio ao “partido” seja reconhecida em cartório para agilizar o registro. Eles contam também em  usar a estrutura hierarquizada dos militares para conseguir 900 mil filiações, segundo o Blog da Cidadania.
A Aliança já teria obtido cerca  1 milhão de assinaturas digitais mas como não tem garantias de reconhecimento delas pelo TSE  optou por este tipo de mobilização, totalmente espúria e ilegal. Duvidamos muito que o o mesmo TSE apure o ocorrido e conteste estas filiações. Mas cabe a nós denunciá-las!
Vale destacar que grandes jornais e redes deram pouca cobertura à mobilização, e nenhuma especificamente coleta de filiações  no Rio de Janeiro, o que certamente deve ter ocorrido em outros locais do país. O Globo e FSP não tomaram conhecimento do assunto, apesar de viverem atacando Bolsonaro nas pautas que os interessa. Somente o Estadão, Uol  e Terra deram alguma nota ou reportagem sem nenhum registro fotográfico. Imaginem se esta mobilização, com estas práticas, ocorresse para formalização de um partido do nosso campo.

https://blogdacidadania.com.br/2019/12/bolsonaro-apela-a-igrejas-policiais-e-militares-para-criar-partido/

Compartilhe Rede Conaicop



Compartilhe as Etiquetas
#VivateleSUR
#RedConaicop

📺📺📺📺
 *Campanha neste momento nas redes* . Todas e todos com as etiquetas em  nivel continental e mundial.

 #VivateleSUR
#RedConaicop

http://radioconaicop.blogspot.com/?m=1

Diretor Internacional da Conaicop - Rubén Suárez
Publicado por Luiz Pimenta, militante na comunicação popular

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020




Trump derrotado, Irã vitorioso!





Artigo de autoria do professor Lejeune Mirhan, com sua autorização.
Publicado por Luiz Pimenta, militante na comunicação popular no Brasil.
Diretor Internacional da Conaicop - Rubén Suárez


Trump derrotado, Irã vitorioso!

Assisti pregado na TV, ao vivo, a coletiva convocada pela Casa Branca, concedida (com atraso) pelo presidente dos EUA Donald Trump. Ao seu entorno, o Mike Pence e o Mike Pompeo, a dupla de neocons que compõe não só a vice-presidência como o Departamento de Estado. Atrás dele estavam TODOS os maiores generais quatro estrelas do país, do CENTCOM, Comando Central Conjunto das Forças Armadas dos EUA. Pela fato já dá para se ver a cara de derrotados de todos eles.

Faço a seguir um resumo do que captei de mais importante do que Trump falou por quase meia hora:

1. Trump não esboçou nenhuma reação relacionada à destruição total de duas das suas oito bases existente (ainda) no Iraque. Fez questão de negar uma única morte, ainda que várias agências tenha mencionado muitos mortos e mais de 200 feridos e a destruição total das bases (como é possível duas bases militares com pelo menos mil soldados cada uma, ser inteiramente destruída e nenhum deles vir a morrer?);

2. Afirmou que vai cobrar da OTAN (que os EUA mandam na verdade), maior presença militar no Oriente Médio - o que é inédito - mas que sinaliza uma possível saída completa dos EUA de toda a região;

3. Reafirma que os EUA lutam contra o terrorismo, ms todos sabem que eles apoiam e financiam o Estado Islâmico. Mas, pior que isso: diz lutar contra o terrorismo - mera peça publicitária de propaganda - mas assassina usando métodos terroristas o comandante militar que mais lutou contra o terrorismo e que é o responsável maior pela destruição do DAESH/ISIS, Al Qaeda, Al Nusra entre outros agrupamentos;

4. Pela primeira vez fez uma afirmação jamais ouvida, no sentido de reconhecer que EUA e Irã têm o mesmo objetivo de lutar contra o terrorismo e contra o ISIS (estranho dizer isso e matar quem luta contra essa organização terrorista; na verdade, seu discurso é para seu público interno e para os minions do mundo inteiro do tipo que temos no Brasil que acreditam na propaganda governamental);

Em suma, vimos um Trump acuado, derrotado, vitimado pela força de seu maior oponente e inimigo em todo o Oriente Médio, que é o Irã, que sai dessa primeira fase do conflito direto extremamente fortalecido, mais respeitado. O Irã impôs a sua soberania mesmo sem ter armas nucleares. Mostrou ao mundo a capacidade, precisão, velocidade, letalidade, abrangência de todo o seu arsenal de mísseis balísticos (estimados em mais de 1,5 mil mísseis). Mostrou ainda ao mundo a total incapacidade, falência, fragilidade do sistema de defesa anti-aérea composta pelos (superados) mísseis patriots que não conseguiram barrar um míssil sequer dos mais de 30 lançados (praticamente todos atingiram em cheio os alvos).

Isso coloca os EUA em uma situação de derrota, talvez a maior que se possa constatar desde a derrota da perda do Irã para os muçulmanos xiitas em fevereiro de 1979. Sinaliza ainda o aumento do isolamento desse país e dessa potência, não só no Oriente Médio, como mesmo de outras potências regionais imperialistas subalternas. Sinaliza, por fim, a chance real de saída total ou quase total de toda a região, que colocaria em cheque e em total insegurança seu maior aliado e protegido, que é o Estado sionista de Israel.

Há que se levantar duas dúvidas, que não tenho, por ora, uma resposta: 1. Será que o Irã irá interromper a série de ataques às bases estadunidenses no Iraque (ainda restam seis intactas), ou podemos esperar a continuidade dos ataques; 2. Será que a destruição de duas bases estadunidenses - com número de mortos norte-americanos ainda incertos - será o suficiente para considerar vingado a morte do maior general da história militar iraniana moderna?

Apenas para registro: quando da famigerada "primavera árabe" (sic) em fevereiro de 2011 o povo egípcio saiu às ruas para derrubar o ditador Hosni Mubarak, os satélites do Google registraram a maior manifestação de massas humanas da história, com mais de 10 milhões de pessoas saindo às ruas. Pois bem, pelos meus cálculos estimativos e por baixo, acho que mais de 30 milhões de iranianos saíram às ruas desde a sexta-feira. E não ouvimos um piu sequer desse gigante da Internet.

Viva a luta do povo iraniano contra o imperialismo!
General Suleimani, sua memória será eternamente lembrada!

Abraços do Prof. Lejeune Mirhan.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Arte e cultura atacados no Brasil


Texto de Luiz Pimenta
Militante nas comunicações populares no Brasil
Diretor Internacional da Conaicop - Rubén Suárez

A retorica fascista se inicia sempre contra os seus inimigos imediatos que estão mais próximos do povo, os políticos populares e os artistas. Obviamente os políticos de esquerda são as primeiras vítimas, pois são os que poderiam, com mais eficácia combater o fascismo, desde utilizando de projetos de Lei até mesmo mobilizando a população contra os retrocessos, mas ao observar a História (e agora estamos tendo uma aula em tempo real), os artistas são quase que igualmente atacados.

Já é uma tradição encontrarmos uma quantidade maior de artistas que se identificam ou simplesmente que tem um discurso totalmente ou próximo da ideologia de esquerda, uma vez que essa ideologia está ligada a busca pelo conhecimento, a expansão da consciência, do saber, da intelectualidade, da pesquisa, do questionamento, da oratória. A arte, historicamente sempre foi um dos meios para se transmitir uma mensagem, seja ela apenas restrita a arte ou até mesmo algo político, como foi no período da Idade Média, onde artistas com medo de ir para a fogueira da Igreja, transmitiam mensagens através de suas obras (literatura, artes plásticas, etc), foi assim com Michelangelo, Da Vince, etc. Obviamente, como o inimigo do fascismo é, em última análise, o conhecimento e a liberdade, está incluso também na lista dos perseguidos do fascismo os cientistas. Mas vamos nos ater apenas aos artistas nesse momento.
Durante a Ditadura Militar brasileira, que nunca se reconheceu como tal, mas como uma “revolução”, houve uma estratégia especifica contra os artistas; perseguindo diretamente uns com prisões e torturas, para outros a estratégia utilizada era ser “convidados a se retirarem” do país ou até mesmo não fazer praticamente nada contra eles. Por que esse cuidado todo, já que poderiam simplesmente prender ou expulsar todos? A resposta está no primeiro parágrafo a cima: a popularidade que o artista tem. A estabilidade de um regime, seja ele democrático ou não passa pela forma como esse regime trata os artistas. É preciso lembrar que arte é muito mais entretenimento do que algo para ser apreciado caricatamente como um quadro de Picasso. A arte de um país é a sua música, suas novelas, seus filmes, que são fartamente consumidos pelas pessoas, quase como se fosse literalmente comida; e levando em consideração a crescente deterioração do capitalismo com empregos precarizados e salários baixos, o que resta para população como consolo e descanso são ouvir música, assistir novelas, filmes ou em estágios avançados drogas, álcool e religião. Assim sendo, se um regime ataca aquilo que a população vê com “bons olhos” poderá vir a prejudicar esse regime. É sabido inclusive que o movimento Jovem Guarda foi instrumentalizado pela Ditadura Militar como forma de expor um ambiente e “clima” pacifico e alegre no país, durante os anos de chumbo, mostrando assim como o regime estava inteirado sobre o poder dessas formas de entretenimento nas massas. Porem analisando tanto a Ditadura Militar quanto o governo Bolsonaro vemos que a situação atual caminha para algo muito pior.



Se as perseguições aconteciam durante um período oficialmente ditatorial, agora as perseguições existem num regime dito democrático. Ou seja, estamos vivendo algo similar a uma ditadura numa democracia. Os ataques do governo em todas as áreas acontecem todos os dias; só na área da arte e cultura ocorrem ataques contra a Ancine, Iphan, Biblioteca Nacional, atores, cantores etc. Os tipos de ataques são censura, corte de verbas, emparelhamento de órgãos públicos, perseguição direta, etc.  E não há nenhuma vontade por parte do governo em esconder as perseguições, tudo acontece as claras; a justificativa utilizada é ser “contra ideologias”, seja lá o que isso signifique; porem com esses ataques a ideologia que permanece é o fascismo, uma ideologia anti conhecimento, anti inteligência, anti ciência, anti progresso, anti desenvolvimento.

Dentro do contexto da situação econômica mundial, onde vemos um capitalismo a beira da autodestruição, onde o sistema democrático já não vale mais nada, onde a anarquia fascista impera, não podemos mais esperar por soluções dentro do atual regime político-econômico. A solução passa pela derrubada total do capitalismo (que já está em vias de se encerrar como sistema viável), e iniciar um novo sistema onde não haja mais poucas pessoas que detém muito e, muitas pessoas que detém pouco ou quase nada. É preciso aproveitar a oportunidade para mostrar a todos que a Revolução dos trabalhadores está na ordem do dia; que é possível sim vivermos num mundo melhor sem a necessidade de servos escravos do dinheiro, de ter de trabalhar não porque gosta, mas para sobreviver. Temos que agir para trazer mais e mais pessoas para nossas fileiras, que é a Revolução Proletária. Se a esquerda institucional não faz nada e continua se apegando ao mito da democracia capitalista e das eleições controladas pela burguesia temos então de agir sozinhos e mostrar a verdade ao povo e a nós mesmos.