Rio de janeiro: outrora vanguarda, presente retrógrada.
Escrito por: CRISTIANE GALARZA. (Porta Voz da Conaicop-BR).
Publicado por Luiz Pimenta, militante no Brasil na comunicação popular.
Diretor Internacional da Conaicop - Rubén Suárez
Rio de Janeiro 12 de janeiro de 2020, abertura oficial do Carnaval da extinta cidade maravilhosa.
Cerca de trezentos mil pessoas decidem esquecer por algumas horas o calvário que tornou-se viver na cidade. E expressaram sua descontração temporal acompanhando o Bloco Favorita, em Copacabana.
Uma linda festividade!
Assim deveria ter ficado na memória dos foliões a abertura do carnaval deste ano. Mas quando começou a dispersão do Bloco os sistemas repressivos do município e do estado (guarda municipal e polícia militar) entraram em ação. Os foliões foram atacados com gás lacrimogênio o que gerou tumulto e, como é de esperar, repressão física.
O fascismo na política, que vem sendo legitimado nas urnas pelos votantes, vem crescendo na cidade do Rio de Janeiro onde não encontra obstáculos para avançar. E ontem em Copacabana assistimos um show de opressão e censura a uma das maiores expressões populares da cidade, o CARNAVAL DE RUA.
A ideologia política somada a ideologia religiosa do atual Prefeito Marcelo Crivella foram os responsáveis pelo acontecimento opressor de ontem. O Rio de Janeiro esta divido em duas partes desiguais. Outrora a ex-cidade maravilhosa era vanguarda, hoje tornou-se retrógrada. A ex capital do país, tão admirada nacional como internacionalmente, vive hoje sua decadência. Sem graça, sem tom e sem forma e até sem brilho. Isto se deve ao avanço do fascismo junto a praga do cristianismo evangélico. E como a maior força supostamente política de oposição é o partido da divisão, que tem pauta para tudo menos para derrubar o fascismos e as lacraias evangélicas, e se alia a outros que apostam na solução "imaculada" das eleições.
O Rio de Janeiro, e o Brasil de uma forma geral, estão caminhando em direção ao precipício desde 2013; e fica muito óbvio que as eleições não nos resguarda da opressão, ao contrário dá respaldo de legitimidade.
O que necessitamos é um despertar para o movimento de massas e uma militância impregnada de teoria revolucionária.
O que ocasiona a constante repressão, inclusive dissimulada de combate ao crime, é exatamente não dar chance a protestos políticos. Foi isto que ocasionou a intervenção militar em 2018 e agora pode ser uma repressão preventiva para o carnaval.
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