sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Moedeiros rejeitam ataques a direitos e à Casa da Moeda

Moedeiros rejeitam ataques a seus direitos e à Casa da Moeda.


Escrito por Luiz Pimenta, militante na comunicação social no Brasil.
Diretor Internacional do CONAICOP: Rubén Suaréz

Após assembléia com os trabalhadores realizada ontem, 15, no portão da Casa da Moeda, o presidente do sindicato Aloízio Junior falou a este Blog sobre os ataques que a diretoria da casa faz aos seus empregados e a Instituição Casa da Moeda, que carrega 325 anos de bons serviços prestados ao Brasil.




Mobilizada para defender seus direitos a categoria não aceitou a contra-proposta apresentada pela Casa da Moeda. Ocorreu uma negociação através de uma comissão paritária que vem negociando, que não obteve sucesso. Segundo os trabalhadores e o sindicato o que a empresa apresentada como proposta é totalmente inviável, incompatível com as cláusulas do acordo coletivo vigente e até mesmo com a legislação.
Os ataque aos trabalhadores ocorreram da forma mais vil possível com a retirada de direitos conquistados há muito tempo como insalubridade, assistência médica aos dependentes, retirada de auxílio creche vital, já que a CM está localizada em área remota, auxílio alimentação e auxilio remédio para doenças permanentes, entre outros.

Por este motivo os trabalhadores ocuparam na última sexta-feira, 10, o andar da diretoria para pressionar pela revisão destas arbitrariedades, já que as conquistas são respaldadas em leis. Segundo relato dos moedeiros a ocupação foi uma reação espontânea da categoria pela falta de respeito da atual diretoria. A ilegitimidade desta fica clara quando ela se retira da sede de Santa Cruz  para o Museu da Casa da Moeda, localizado no Centro do Rio de Janeiro, e não tentam negociar frente à frente com os moedeiros. Mas eles não vão fugir, os moedeiros sabem onde eles estão segundo os trabalhadores.

Além do ataque aos direitos do trabalhadores - isto também vem ocorrendo no país em todas as áreas que interessam à iniciativa privada, nacional ou de outros países como vemos no caso da Petrobras, da empresas de energia elétrica, no caso da Embraer, das empreiteiras que foram totalmente destruídas, da educação, cultura e outras áreas que possam render lucros mas que são de interesse social - eles também fizeram mais ataques.

Ataques à casa da moeda:
-Como já relatamos em outro artigo o primeiro ataque, ainda no governo Temer, foi ao SICOB, sistema da Casa da Moeda que visava controlar as quantidades produzidas e pagamento de impostos principalmente da área de bebidas (cervejas, refrigerantes, vinhos, cachaça e outros) que deixou de ser utilizado. Isto tira o controle da fiscalização e abalou fortemente a receita da Casa da Moeda e tirou o controle das mãos do governo.
 -O Governo ainda taxou o sistema SICOB em 30% retroativo ao início do ano, o que fez a empresa ter um péssimo ano de balanço de 2016.
- Logo depois abriu concorrências no exterior para emissão de papel moeda no exterior;
- Também está na pauta produzir no exterior os novos espelhos das identificações únicas, que tramita no congresso.


Como sabemos tudo isto faz parte de um ataque global do capitalismo, em forte crise, que busca lugares onde recuperar os lucros causados pela baixa demanda de seus produtos. O que eles desejam é tornar os produtos dos países atrasado mais baratos ou eliminar completamente a concorrência. Foi o caso da Embraer, da Vale e das empreiteiras nacional.

Mas os trabalhadores da Casa da Moeda mostraram sua força e não se intimidaram com ameaças. segundo o presidente do Sindicato dos Moedeiros os trabalhadores mostram que entendem o momento que vivem e têm consciência que lutam por uma causa além de seus direitos individuas ou da categoria e que o ataque do governo é um ataque a todos o trabalhadores, não só dos da Casa da Moeda.
Eles permanecem na luta!


2 comentários:

  1. Meu presidente Aluísio Junio conduzindo as negociações com aforça dos moedeiros juntos esse desgoverno .quer tirar todos de nós

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    1. Certo companheiro. Apoiamos Aloízio, o sindicato e os trabalhadores da Casa da Moeda.

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