Diretor
internacional do Conaicop – Ruben Suarez
Secretária do
Conaicop-Br – Cristiane Camargo
Em 31 de março fará
56 anos do golpe organizado pela CIA/EUA e executado pelos militares
e empresários no Brasil, o qual tem registro de milhares de presos,
torturados, exilados e centenas de mortos e desaparecidos, além da
censura, perseguição, invasão de domicílios e desrespeito às
normas legais, substituídas pelo arbítrio institucionalizado.
Novamente, estão no
poder, os golpistas comandados pelos EUA, que governam contrários
aos interesses da imensa maioria do povo brasileiro, agora eleitos
pelo voto, em uma eleição repleta de fraudes, especialmente após o
golpe jurídico (lawfare), que cassou uma presidente sem ter cometido
nem um crime de responsabilidade, prendeu a principal liderança
política do país e foi sustentada por uma campanha midiática
repleta de mentiras.
Passaram-se 56 anos
desde o golpe de 31 de março de 1964. O Brasil segue sendo o único
país no mundo em que os responsáveis pelos crimes praticados seguem
impunes. Tudo graças a um acordo entre as elites, que aprovou uma
anistia manca em 1979, a qual colocou torturadores e vítimas em um
mesmo nível.
Isto tudo
possibilitou, que um capitão, expulso do Exército após tentar
praticar um ato terrorista dentro do quartel, fosse eleito
presidente. Tudo graças à intervenção direta dos EUA, através da
Lava Jato, e que insiste em aplicar a Doutrina Monroe na região,
com o programa ultraliberal em implantação desde a queda de Dilma
Rousseff.
O governo, herdeiro
de 1964, lacaio do imperialismo e executivo do capital internacional,
sustenta-se com mentiras, ameaças e entregando o patrimônio
nacional e desmontando a rede de políticas sociais para servir ao
grande capital, que vive uma de suas mais agudas crises da história.
Ao mesmo tempo,
observa-se, que há resistência em ir às ruas para desalojar o
governo do miliciano fascista. Certos setores afirmam que se deve
respeitar a eleição; outros, fortalecem lutas específicas, sem
levar a frente a bandeira para desalojar o capitão e sua corja de
traidores. Infelizmente esta luta necessária não tem unificado a
esquerda e outros setores populares.
A cegueira é
parceira do oportunismo, que muitas vezes anda de mãos dadas com a
traição, justificando a necessidade de evitar a radicalização. Se
o desemprego, a miséria, a violência, as mentiras e o desmonte do
Brasil avançam de maneira veloz, cruel e sádica, como não ir para
o enfrentamento com um governo tão vil, criminoso e sádico?
Em março muitos
setores realizaram lutas, importantes, vitoriosas e representativas.
Entretanto, no próximo dia 31 de março, data de triste lembrança
do golpe, que tem como um de seus símbolos o assassino Brilhante
Ustra, herói de Bolsonaro, torna-se uma obrigação ir às ruas e
dar um basta a estes criminosos e traidores do Brasil. Deixar no
esquecimento os crimes praticados pelos golpistas de 1964, não
exigir a queda desse governo - que é resultado de uma fraude, uma
intervenção pensada e organizada pelos EUA -, significa se
acovardar neste importante momento histórico.
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